sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Portfólio eletrônico na formação de professores
Primeiramente deixe-me esclarecer o que significa portfólio, pois pode ser dúvidas de muitos, esse se caracteriza por um conjunto de produções do aluno em seu processo vivenciado de aprendizagem e de conhecimento. O portfólio é um procedimento de avaliação formativa. Agora você deve estar se perguntando, que negócio de avaliação formativa é esse? Pois bem, avaliação formativa é uma avaliação contínua e exige à participação conjunta de professores e alunos nos processos de aprendizagem e desenvolvimento, segundo Hadji, a avaliação, para ser considerada formativa, apresenta três características fundamentais: 1- é informativa, informa como está a aprendizagem do aluno, 2- é informativa para os dois sujeitos: o professor e o aluno, ela serve como orientadora do professor e direcionadora, também, do aluno, 3- é o suporte para as aprendizagens dos alunos e reguladora do trabalho do professor.
O uso do portfólio eletrônico como forma de avaliação é um avanço na educação, pois permite que os alunos tenham mais contato com o mundo digital, que apesar de parecer fazer parte do nosso cotidiano e ter um espaço importante na nossa sociedade, ainda é desconhecido para muitas pessoas. Por exemplo, eu sempre já tenho acesso ao gigantesco mundo da informática e internet há um bom tempo, mas não sabia fazer um blog, apenas entrava no facebook e no google, de vez em quando para realização de trabalhos da faculdade. Poder ser avaliada através de um blog foi o máximo para mim, escrever, expor minhas ideias não apenas para os professores, mas também para amigos, pessoas desconhecidas, é uma experiência fascinante, pois me dá mais vontade de expor meus pensamentos, pois sei que está de alguma forma servindo não apenas para ganhar nota e passar no período, mas também contribuindo para o aprendizado de outras pessoas interessadas na educação.
Desenvolver o senso crítico de uma pessoa é uma tarefa complicada, devido ao nosso passado, pois, antigamente e até mesmo nos dias atuais, a educação de uma forma geral é muito mecânica e descontextualizada, ainda se utilizam muito a teoria condutivista nas escolas, o que deixa os alunos, à grosso modo falando, um pouco alienados.
Li o depoimento de uma aluna e faço dela as minhas palavras: “nem sempre o que estudamos na teoria encontra-se em perfeita harmonia com a prática. Mas nós como futuros educadores, temos que atentar para esses fatos, e no momento em que formos colocar em prática o que aprendemos em sala de aula, não continuemos apenas a reproduzir aquilo que já é feito por puro comodismo.”  O que acharam? Profundo, né? Então gente, devemos ser críticos e não apenas reproduzir os trabalhos baseados em teorias feitas há séculos atrás, devemos inovar, ousar, cortar os excessos e principalmente lembrar que estamos trabalhando com pessoas diferentes, vidas e experiências diferentes, onde cada um tem um modo diferente de aprender.
A avaliação formativa nos ajuda a mudar um pouco a forma de trabalhar, superando àquela avaliação classificatória, excludente e punitiva na educação básica. Promovendo o pensamento crítico-reflexivo e a autonomia do aluno. É uma avaliação que deixa de focar nas notas e foca nas aprendizagens e nos avanços dos alunos.
Para quem quiser aprofundar a leitura em educação formativa, sugiro que leiam: O portfólio eletrônico na formação de professores: caleidoscópio de múltiplas vivências, práticas e possibilidades da avaliação formativa. (Ivanildo Amaro de Araújo).

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